O projeto “Alavancas para a educação inclusiva de qualidade” foi lançado em 2022, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Movimento Bem Maior, o Instituto Ambikira e o Instituto Machado Meyer.
Com três anos de duração, entre 2023 e 2025, o Instituto Rodrigo Mendes vai promover a formação em Educação Especial na perspectiva inclusiva de educadores, gestores, técnicos de secretarias municipais de educação e de outros órgãos públicos; apoiar a revisão ou elaboração de políticas públicas de educação especial; e criar dois cursos EAD, que serão disponibilizados na plataforma de formação.
Municípios participantes
O IRM selecionou, por meio de edital, dez municípios das cinco macrorregiões do Brasil. São eles:
Etapas do projeto
- Formação de educadores e técnicos de secretaria
A formação é semipresencial e síncrona. Enquanto especialistas em educação transmitem as aulas a partir de um estúdio em São Paulo (SP), cada município possui um polo para receber os cursistas nos dias de aula.
Ao longo de 12 aulas, os formadores dão um panorama completo, desde o histórico e a evolução das leis relacionadas com a inclusão no Brasil e no mundo, até exemplos práticos. Abaixo, alguns temas que fazem parte do programa curricular:
- Princípios e dimensões de análise da educação inclusiva;
- Elaboração de projetos nas redes e instituições de ensino;
- Políticas públicas;
- Acessibilidades;
- Estratégias pedagógicas;
- Gestão escolar;
- Educação física inclusiva;
- Saúde e educação;
- Educação integral;
- Participação da comunidade.
- Projetos de boas práticas nas escolas
Na etapa de formação de educadores, os cursistas devem elaborar um diagnóstico de suas escolas, identificando barreiras e facilitadores de acessibilidade que influenciam a plena participação de todos os estudantes.
A partir das especificidades que possuem em sala de aula, os cursistas devem elaborar um trabalho colaborativo que promova a inclusão, o protagonismo e a autonomia das crianças e jovens.
No semestre seguinte à formação, a equipe do IRM viaja a todos os municípios para conhecer as propostas inclusivas criadas nos territórios. A comitiva visita as escolas, interage com as comunidades escolares e se reúne com representantes das secretarias de educação e da prefeitura das municipalidades.
- Incidência em políticas públicas
Na etapa de formação de gestores, técnicos de secretarias e de outros órgãos públicos, o IRM vai dar subsídios para a elaboração de políticas públicas voltadas à Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva, promovendo a intersetorialidade nos municípios.
Para 2025, está prevista uma pesquisa sobre os impactos gerados pelas formações nas localidades.
- Curso EAD
O IRM vai reunir os conteúdos do Alavancas e sistematizar em dois cursos EAD, que serão disponibilizados na plataforma de formação.
- Impactos em 2023
Além dos cursistas e estudantes, o projeto Alavancas impactou 24 mil beneficiários diretos, entre os quais destacam-se também mães, pais e adultos responsáveis pelos estudantes matriculados nas redes municipais de ensino.
9 | 394 | 102 | 12.877 | 629 |
Estados | Cursistas certificados | Projetos inclusivos elaborados | Estudantes impactados | Estudantes público-alvo da educação especial |
- Depoimentos
“O Alavancas foi um divisor de águas que aconteceu na vida do nosso município e sei que na vida de outros tantos municípios onde chega o Instituto Rodrigo Mendes”.
Iracy Andrade de Araújo, Secretária de Educação de Campo Formoso.
“O Alavancas trouxe muito conhecimento para nós do corpo docente e nos instigou a buscar saber mais sobre educação inclusiva, além de nos levar a pensar a realidade dos nossos alunos no cotidiano. Foi a partir do nosso projeto na escola que descobrimos tanto sobre a cultura indígena local e pudemos ajudar nossos alunos a compreenderem melhor a cultura e o local onde eles vivem”.
Maria Etelvina de Lira Gomes, professora da Escola Salum de Almeida, em Maués.
“O projeto Alavancas é muito importante porque trata da educação inclusiva, um setor que precisa de atenção e desenvolvimento”.
Juliana Cypriano, gerente do Departamento de Inclusão Produtiva e Educação (DIPRO) da Área de Desenvolvimento Social e Gestão Pública (AS) do BNDES.