Educadores, gestores educacionais e especialistas em educação conversaram sobre as perspectivas de ensino-aprendizagem em tempos de pandemia
Devido à pandemia da covid-19, a 6ª edição do Seminário Internacional de Educação Integral (SIEI) ocorreu de maneira totalmente online. Foram feitos três encontros virtuais, dos quais participaram educadores, gestores educacionais e especialistas em educação, além de outros convidados que gravaram depoimentos em vídeo. O cerne das conversas foi o desafio da educação integral durante a pandemia. Todas as transmissões contaram com Libras, legendas em tempo real e audiodescrição.
O SIEI é uma iniciativa da Fundação SM, que conta com a parceria do Instituto Rodrigo Mendes (IRM), Fundação Roberto Marinho, Canal Futura, CENPEC, Centro de Referências em Educação Integral, CIEDS, Instituto Alana, CEDAC, Instituto Tomie Ohtake, Sesc e SM Educação.
O primeiro encontro ocorreu dia 19 de maio. O tema central foi “Como ensinar e aprender neste período de pandemia: qual o papel da educação integral?”. Dentre outras questões, foram abordadas as angústias da sociedade brasileira durante esta pandemia; a concepção de uma educação integral e de um currículo contemporâneo; a importância do acesso à tecnologia como recurso que possibilita a continuidade da aprendizagem; o crescimento de uma colaboração coletiva envolvendo toda a comunidade escolar; e possibilidades de novas descobertas e de reinvenção do ensino-aprendizagem.
O segundo encontro teve a participação do nosso superintendente, Rodrigo Hübner Mendes, e abordou-se “Docência em tempos de pandemia”. Entre outros assuntos, falou-se sobre quais os desafios estão sendo enfrentados pelos professores no ensino a distância em tempos de pandemia e quais as estratégias podem ser adotadas na tentativa de não deixar ninguém para trás.
O foco do terceiro e último encontro foi “O Papel da Educação Integral na construção de caminhos para a volta às aulas”. Dentre outros fatores, os convidados enfatizaram a importância de preservar a saúde das pessoas, como garantia do direito à vida. Destacou-se que é preciso elaborar protocolos a partir de um trabalho coletivo entre profissionais da saúde, toda comunidade escolar e gestores públicos antes da volta às aulas presenciais, avaliando cada contexto social e considerando fundamentalmente a situação dos mais vulneráveis, na tentativa de evitar o aprofundamento das desigualdades.
Nesse sentido, por meio de depoimento em vídeo, a pesquisadora Luiza Corrêa, Coordenadora da área de Advocacy do IRM, apresentou pesquisa que acabamos de lançar sobre protocolos de educação inclusiva durante a pandemia ao redor do mundo. A pesquisa – que adotou como fonte de informações uma rede de especialistas estrangeiros, documentos de organismos internacionais e protocolos de diversos países – fornece orientações para auxiliar os gestores responsáveis no planejamento e na execução de políticas públicas, buscando assegurar o direito à educação das pessoas com deficiência diante do período de isolamento social e no estágio de reabertura das escolas.