A acessibilidade foi planejada desde a concepção do curso para garantir o acesso de todas e todos
A acessibilidade prevê a eliminação de barreiras no ambiente físico e social, possibilitando a participação plena de qualquer pessoa em todos os aspectos da vida. Portanto, somente a partir de múltiplos recursos acessíveis, considerando as especificidades de cada pessoa, é possível almejar uma educação inclusiva. Por isso, o Instituto Rodrigo Mendes (IRM) tem como uma de suas premissas a acessibilidade no desenvolvimento de suas ações.
O IRM pretende apontar caminhos em busca de soluções para uma educação inclusiva na prática e entende que, para tanto, a acessibilidade não pode ser excluída desse processo, ou ser planejada como uma alternativa secundária. Ela deve fazer parte do todo e do dia a dia das pessoas, independentemente de suas características.
Partindo desse princípio, o instituto lançou uma nova formação, “Planejamento pedagógico na perspectiva inclusiva”, na qual a acessibilidade foi considerada como parte essencial em todo o processo de construção dessa formação. O desenvolvimento das videoaulas partiu do pressuposto do próprio nome do curso. Houve um planejamento na perspectiva inclusiva.
Os vídeos contam com recursos de acessibilidade, incorporados desde a concepção do roteiro. Eles não foram introduzidos da maneira usual, tal como estamos acostumados. As audiodescrições, por exemplo, estavam todas previstas no roteiro antes da filmagem. Adriana Couto, Regiane Pereira e Vânia Santiago, apresentadoras do curso, se autodescreveram em todas as aulas.
Emiliano Lima, roteirista, comenta sobre o processo de concepção de um roteiro contemplando a acessibilidade sob uma abordagem inovadora e inclusiva de criação e comunicação do projeto.
Regiane e Vânia, intérpretes de Libras, são também apresentadoras dessa formação e interagem com Adriana Couto. Não há a costumeira janela de Libras com intérprete de Língua de Sinais em tamanho menor no canto da tela. Ou seja, as intérpretes de Libras não são coadjuvantes, mas sim, protagonistas nesse projeto. Adriana Couto fala sobre esse processo:
A jornalista comenta ainda a experiência de comunicação inédita que vivenciou ao longo de sua participação na apresentação dessa formação. Ela cita, também, como foi desafiador e exitoso o processo de reflexão e execução de uma comunicação verdadeiramente inclusiva.
Já Regiane Pereira fala sobre a experiência de exercer a função de apresentadora e intérprete de Libras ao mesmo tempo, algo inédito para ela até então. Além disso, Regiane menciona o carinho de toda a equipe por essa formação.
Paulo Fehlauer, produtor audiovisual, também comenta sobre essa inovação e aborda os desafios para incorporar os recursos de acessibilidade na produção dos vídeos desde o início. Ele cita que esse modelo de desenvolvimento de produção foi um aprendizado na prática, que pretende levar para outros projetos.
Por fim, Vânia Santiago fala do sentimento de felicidade ao participar desse projeto. Ela comenta, ainda, a respeito da importância da inclusão e, particularmente, de se abrir espaço para a comunidade surda.
Esse novo formato utilizado pelo IRM é, de fato, inclusivo, pois o modelo evidencia a diversidade como algo positivo, que merece destaque e representatividade, afinal ser diverso é inerente à condição humana.
O curso “Planejamento pedagógico na perspectiva inclusiva” foi lançado em 21 de setembro, juntamente com a nova plataforma de formação EAD do IRM. Essa é uma iniciativa desenvolvida em parceria com a Fundação Lemann e a União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime).
A plataforma reunirá o catálogo de cursos EAD do instituto e, atualmente, além da formação “Planejamento pedagógico na perspectiva inclusiva”, conta com o “Portas abertas para a inclusão, educação física inclusiva”. Os dois cursos são gratuitos e podem ser feitos por qualquer pessoa interessada no tema da educação inclusiva.
Instituto Rodrigo Mendes lança plataforma EAD com cursos sobre educação inclusiva