Instituto Alana lança pesquisa internacional sobre formação continuada. Publicação analisa desenhos de políticas públicas sobre formação continuada de professores para a educação inclusiva em oito casos no Brasil e no mundo
Para concretizar a educação inclusiva nas escolas, as gestões públicas em todos os níveis devem cumprir políticas e práticas que considerem que todas as crianças e adolescentes aprendem melhor juntos, independentemente de suas diferenças. Garantir esse direito também passa pela formação de qualidade dos professores, capacitando-os a atuar em ambientes diversos ao longo de sua trajetória.
É o que destaca a pesquisa “Educação inclusiva e a formação continuada de professores: aprendizados nacionais e internacionais”. Lançada em 10 de setembro, durante o seminário “30 anos da Declaração de Salamanca: conquistas e desafios para a educação inclusiva”, a pesquisa foi realizada pelo Instituto Alana, em cooperação com a UNESCO no Brasil e coordenação da Vindas Educação Internacional, de Portugal.
O estudo apresenta políticas e estruturas organizacionais para a formação continuada em educação inclusiva, com base em oito casos: Buenos Aires (Argentina), Maracanaú (Ceará), Pinhais (Paraná), Santos (São Paulo), Glasgow (Escócia), Comunidade Valenciana (Espanha), Portugal e Uruguai. Esses locais foram selecionados por suas perspectivas diversificadas e por estarem em países signatários da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A pesquisa busca promover mudanças nos sistemas educativos e fortalecer a formação continuada dos professores, envolvendo gestões públicas, sociedade civil e docentes na promoção da educação inclusiva.
A partir de entrevistas e da análise de documentos e recomendações internacionais, os pesquisadores sintetizaram a investigação em 10 categorias : legislação, estruturas de formação, demandas de professores, perfil dos formadores, impacto das formações, tipos de formação, temáticas, metodologias, avaliação e políticas públicas. O estudo também propõe um questionário com 38 perguntas para aperfeiçoar a implementação de políticas públicas voltadas à formação continuada.
Coordenada por Luzia Lima-Rodrigues, professora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, investigadora e formadora de professores em Portugal e muitos outros países, e David Rodrigues, professor da Universidade de Lisboa e membro fundador da “Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial”, a pesquisa busca, principalmente, promover mudanças nos sistemas educativos e fortalecer a formação continuada de professores em uma perspectiva coletiva, com o engajamento de gestões públicas, organizações da sociedade civil e dos próprios docentes na promoção da educação inclusiva.
Baixe a pesquisa:
Relatório executivo da pesquisa (PDF acessível)
Relatório executivo da pesquisa (ePub)
Pesquisa completa (PDF acessível)
Relatório executivo da pesquisa (versão em audiolivro disponível no site do Instituto Alana)
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