Essa edição do seminário, que é apoiado pelo IRM, foi totalmente online e contou com Libras, audiodescrição e closed caption
A 6ª edição do SIEI (Seminário Internacional de Educação Integral) aconteceu em 19 de maio, de forma totalmente online devido às medidas restritivas para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19). Aproveitando o momento de isolamento social, o tema central do evento foi como ensinar e aprender neste período de pandemia: qual o papel da educação integral? A transmissão, que foi feita pelo Facebook, pelo YouTube e pelo site da Fundação SM, contou com Libras, audiodescrição e closed caption.
Neste ano, o SIEI, organizado pela Fundação SM em parceria com o Instituto Rodrigo Mendes (IRM), Fundação Roberto Marinho, Canal Futura, CENPEC, Centro de Referências em Educação Integral, CIEDS, Instituto Alana, CEDAC, Instituto Tomie Ohtake, Sesc e SM Educação, expôs depoimentos gravados de estudantes, familiares, educadores e gestores escolares de diferentes regiões do Brasil, respondendo a três perguntas: (I) “Como você está se sentindo em relação à quarentena?” (II) “O que está funcionando e o que não está nas propostas da sua secretaria e escola para este período?” (III) “O que você gostaria que se mantivesse na sua escola depois deste período?”
A partir dos depoimentos gravados e das perguntas do público enviadas via chat, sob a mediação de Pilar Lacerda, diretora da Fundação SM, foram feitas algumas reflexões por parte das especialistas convidadas. Tereza Perez, diretora-presidente do CEDAC, Natacha Costa, diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, e Anna Helena Altenfelder, presidente do conselho de administração do CENPEC, debateram o momento que estamos vivendo e as perspectivas para construção de uma educação integral diante do isolamento social e pós-pandemia.
Dentre outras questões, foram abordadas as angústias da sociedade brasileira durante esta pandemia; a concepção de uma educação integral e de um currículo contemporâneo; a importância do acesso à tecnologia como recurso que possibilita a continuidade da aprendizagem; o crescimento de uma colaboração coletiva envolvendo toda a comunidade escolar e a possibilidade de novas descobertas e reinvenção do ensino-aprendizagem.
“Como ensinou Paulo Freire, para educar é preciso esperança. Nós temos esperança que podemos seguir para frente. Então que a gente possa deixar para trás a precarização da atividade docente, que a gente possa deixar para trás a discriminação, que a gente possa deixar para trás a naturalização das desigualdades. Uma coisa boa que tem acontecido é que as pessoas começaram a se escandalizar … As pessoas começaram a se escandalizar com as desigualdades. Que a gente possa caminhar e avançar no uso das tecnologias, de forma democrática, com acesso a todos para educação. Que a gente possa entender, de uma vez por todas, a importância da ciência e do conhecimento. Que a gente possa entender a importância fundamental do trabalho coletivo e colaborativo e que possamos continuar a experimentar, a inovar e a produzir novos conhecimentos”, concluiu Anna Helena.