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O Instituto Rodrigo Mendes realiza pesquisa sobre protocolos para educação inclusiva durante a pandemia

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Com foco no período de isolamento social e na fase de reabertura das escolas, o estudo envolveu 23 países e organismos internacionais 

Instituto Rodrigo Mendes (IRM) elaborou uma pesquisa sobre protocolos para educação inclusiva durante a pandemia da covid-19. O documento, cujo objetivo é contribuir com os gestores responsáveis por planejar e implementar políticas públicas voltadas à garantia do direito à educação das pessoas com deficiência, reúne protocolos de diferentes países, opiniões de 45 especialistas estrangeiros e recomendações de organismos internacionais sobre o tema. Foram analisadas informações durante o período de isolamento social e, também, do estágio de retorno às aulas presenciais. 

Acesse a pesquisa na integra.

Confira alguns dos protocolos de reabertura consultados.

A divulgação do estudo conta com o apoio do DIVERSAFundação Grupo Volkswagen,Fundação Lemann, Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo, Instituto Península, Instituto Unibanco, Itaú Social, Todos Pela Educação e UNICEF.    

A pesquisa está dividida em três grandes grupos. A primeira parte explora o amplo conjunto de direitos que devem ser garantidos às pessoas com deficiência, independentemente da gravidade do momento que enfrentamos: o direito à informação, à saúde e à educação. Em seguida, o estudo aprofunda as considerações acerca da educação dos estudantes com deficiência durante o período de isolamento social. Por fim, o documento descreve as recomendações oferecidas pelos protocolos internacionais sobre a reabertura das escolas. As políticas públicas mencionadas nos protocolos apresentados na pesquisa foram divididas em três eixos principais: (1) critérios de retorno(2) questões sanitárias; e (3) distanciamento social

O estudo nos possibilita concluir que a deficiência em si não deve ser o fator determinante que impeça o estudante de frequentar as aulas na fase de reabertura das escolas. O impeditivo não deve ser a deficiência, mas sim, fatores de risco como, por exemplo, doenças pré-existentes que podem prejudicar a saúde do estudante em caso de contaminação por covid-19. 

Outra conclusão é que, independente do momento difícil pelo qual estamos passando, as pessoas com deficiência (assim como qualquer cidadão) têm o direito à informação, à saúde e à educação de qualidade e, portanto, deve-se desenvolver políticas públicas eficazes, a partir de um trabalho colaborativo entre estudantes, educadores, famílias, diretores de escolas e gestores públicos, que garantam esses direitos a todas as pessoas. 

Desse modo, fica evidente a responsabilidade de todos em cooperar para a prática de estratégias preventivas que inviabilizem ações discriminatórias e, consequentemente, o aprofundamento das desigualdades. Por outro lado, explica-se que podemos estar diante da oportunidade de formar cidadãos mais críticos, empáticos e capazes de serem protagonistas no processo de construção de uma sociedade regida pela equidade.   

Para divulgar a pesquisa, o IRM realizou um webinário com recursos de acessibilidade (Libras, legendas em tempo real e Audiodescrição), que contou com o apoio do Todos pela Educação (TPE) e com a participação dos seguintes convidados: Priscila Cruz, Presidente-Executiva do Todos pela Educação; Luiz Roberto Liza Curi, Presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE); Cecilia Motta, Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED); e Luiz Miguel Martins Garcia, Presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME). A apresentação do estudo ficou a cargo de Rodrigo Hübner Mendes, Superintendente do Instituto Rodrigo Mendes. As intérpretes de Libras foram Carol Fomin e Vânia Santiago.