Formação continuada realizada em São Paulo chega ao final da sua segunda edição com visitas às escolas e diretorias de ensino
Como parte do encerramento do projeto Ensino médio inclusivo – Construindo uma escola para todos, a equipe do Instituto Rodrigo Mendes (IRM) visita, do dia 22/11 a 01/12, 13 diretorias de ensino (DEs) e seis escolas localizadas em diferentes regiões da cidade de São Paulo.
As visitas às diretorias são feitas exclusivamente pela equipe de Formação e têm como objetivo acompanhar a apresentação final dos trabalhos dos cursistas, que, para isso, utilizam fotos, vídeos e fazem relatos de suas experiências.
Já nas escolas, serão gravadas entrevistas em vídeo com alunos, cursistas e outros educadores participantes do projeto. “Visitamos as escolas para conhecer de perto as boas práticas pedagógicas dos educadores e registrar depoimentos tanto desses quanto dos estudantes e famílias envolvidas. Neste ano, faremos um vídeo-relatório especial com as filmagens” conta Lailla Micas, assistente de Formação do IRM. Este ano, o parceiro de criação do vídeo será o coletivo Garapa.
Os projetos a serem filmados foram selecionados por Kátia Cibas e Márcia Nascimento, tutoras do programa. Para a escolha, elas consideraram os registros de atividades mais completos, claros e coesos sobre os seguintes pontos de estruturação dos projetos: diagnóstico, objetivo, estratégias, avanço e dados quantitativos (impactos). Aspectos como criatividade, inovação, possibilidades de replicação das ações, participação da família e protagonismo estudantil também foram avaliados.
“Acompanhar os cursistas no projeto é bem gratificante, porque vemos que alguns paradigmas vão sendo vencidos e que eles se veem como protagonistas em propiciar aos educandos com e sem deficiência acesso ao currículo de forma igualitária”, avalia Márcia.
Projeto inclusivo para transformar escolas
Desde o primeiro dia, os docentes são estimulados a traçar um diagnóstico sobre as barreiras e facilidades de suas escolas para a promoção da inclusão. O projeto de intervenção é feito em grupo e supervisionado pelas tutoras. Por meio do trabalho final, os cursistas pensam em como eliminar ou reduzir as barreiras identificadas.
A primeira edição do Ensino médio inclusivo foi realizada em 2016 por meio de parceria que se mantém com o Instituto Unibanco (IU). Neste ano, o curso recebeu apoio da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP) e da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD-SP).
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Estrutura do curso
O foco são participantes com perfil multidisciplinar: educadores, técnicos e gestores da rede pública estadual de educação e vindos das 13 DEs da capital paulista. O formato é semipresencial e tem carga horária de 100 horas, distribuídas entre 14 videoconferências realizadas na Rede do Saber, na Escola de formação de professores Paulo Renato Costa Souza da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (EFAP/SEE-SP).
Os cursistas assistem, via internet, a palestras com professores especialistas no tema educação inclusiva e fazem fóruns no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). O caráter semipresencial está relacionado ao fato de assistirem às videoconferências reunidos nas diretorias de ensino ao mesmo tempo em que a conferência está sendo ministrada em outro lugar.
O objetivo das aulas é apoiar as equipes multidisciplinares da rede de educação no planejamento de políticas públicas para a garantia de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes público-alvo da educação especial.