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Saiba como foi a participação do IRM na Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude de São Paulo

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Luiza Corrêa, Coordenadora de Advocacy do instituto, destacou a pesquisa sobre Protocolos para Educação Inclusiva durante a pandemia  

A pandemia de covid-19 acentuou ainda mais as desigualdades existentes no país. Milhares de crianças, adolescentes e jovens estão sendo afetadas em seu direito à educação por falta de infraestrutura ou acessibilidade para acessar as aulas, devido ao cenário desafiador pelo qual o mundo está passando. É necessário o desenvolvimento de políticas públicas para que elas estejam acolhidas e tenham seus direitos garantidos. Como sociedade, precisamos e podemos contribuir na construção desse processo. 

Instituto Rodrigo Mendes (IRM) esteve presente no encontro da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude, que abordou o tema da educação inclusiva durante a pandemia. Luiza Corrêa, Coordenadora de Advocacy do IRM, representou a organização. Além de Luiza, participaram deste encontro da Comissão: Adriana Pagaime, Membro do Grupo de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) acerca de Políticas de Educação Especial, e Pesquisadora do Departamento de Pesquisas Educacionais (DPE) da Fundação Carlos Chagas (FCC); Carla Mauch, uma das fundadoras da Mais Diferenças; e Silvana Lucena dos Santos Drago, Membro do Conselho Municipal de Educação de São Paulo (CME). A sessão, promovida pela Câmara dos Vereadores de São Paulo, ocorreu remotamente no dia primeiro de julho de 2021. 

Luiza Corrêa, sorridente, em encontro remoto da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude. Fim da descrição.

Durante a comissão, Adriana apresentou a pesquisa “Inclusão escolar em tempos de pandemia”. Contou que foram entrevistados 1.594 docentes de todo o Brasil e mais de 20% das professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e serviços especializados indicaram que não foram providenciados os recursos de acessibilidade para aulas online e, na classe comum, esse percentual se aproxima de 30%.  

Carla destacou que a valorização do saber pedagógico e a defesa do direito à educação das pessoas com deficiência passa pela compreensão da sociedade sobre o assunto. Quanto mais compromisso com ações diversificadas e inclusivas, maior a chance das alunas e alunos explorarem o máximo de seu potencial para a aprendizagem. 

Luiza fez uma síntese da “Pesquisa sobre protocolos para Educação Inclusiva durante a pandemia”, desenvolvida pelo IRM, cujo objetivo é contribuir com os gestores responsáveis por planejar e implementar políticas públicas voltadas à garantia do direito à educação das pessoas com deficiência no período de isolamento social e na fase de reabertura das escolas. Um dos pontos abordados foi que, durante a pandemia de covid-19, a escola foi para dentro da casa dos estudantes, e que educadoras e educadores das salas comuns e de AEE deveriam trabalhar em colaboração para garantir que todos os estudantes continuem aprendendo, independentemente do ambiente em que estejam neste momento.  

Enfatizou também a necessidade de acompanhar e mensurar a frequência e a aprendizagem dos estudantes, compensando as perdas no momento do retorno presencial. Por fim, ressaltou a importância dos estudantes público- alvo da educação especial terem garantido seu direito de retornar às escolas juntamente com os demais.   

Silvana destacou as inúmeras iniciativas que o município vem tomando para garantir a aprendizagem dos estudantes com deficiência em São Paulo. Apresentou dados e experiências práticas para ilustrar os esforços que têm sido empreendidos no sentido de se evitar a evasão escolar e garantir que esses estudantes não sejam deixados para trás.  

Todas as participantes do evento ressaltaram a importância de melhorar a produção de dados sobre o tema da inclusão escolar no Brasil para permitir pesquisas na área que possam ter impacto prático nas políticas públicas. Apontaram também o essencial papel da Câmara Legislativa de São Paulo em preservar o orçamento público voltado para políticas públicas educacionais. Além disso, concordaram que o Estado deve dar condições para que os estudantes com deficiência retornem às aulas presenciais juntamente com os demais.  


O Instituto Rodrigo Mendes realiza pesquisa sobre protocolos para educação inclusiva durante a pandemia