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Conheça a Educadora do Ano de 2023 pelo Prêmio Educador Nota 10

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Vencedora da categoria Tecnologia e Inovação, o projeto de Elenjusse Soares reestabeleceu vínculos da comunidade escolar de Canaã dos Carajás, no Pará.

Foto dos nove educadores vencedores do Prêmio Educador Nota 10 de 2023. Um grupo formado por nove pessoas, sendo um homem asiático, um homem branco, duas mulheres negras com pele de tom claro, uma mulher parda, e quatro mulheres brancas. As pessoas vestem roupas em tons de azul, rosa, roxo e bege. Todos estão em pé e sorriem para a foto. Fim da descrição.
Os nove educadores premiados nesta edição

A diretora escolar Elenjusse Soares, de Canaã dos Carajás (PA), foi eleita a Educadora do Ano da 25ª edição do Prêmio Educador Nota 10, uma correalização do Instituto Somos, entidade sem fins lucrativos mantida pela Somos Educação, com a Fundação Victor Civita, que conta com o apoio do Instituto Rodrigo Mendes (IRM). A cerimônia de premiação ocorreu em São Paulo, na noite da última quarta-feira, dia 25 de outubro, e reconheceu nove profissionais da educação básica de diferentes regiões do Brasil.

“É uma honra e alegria promover essa iniciativa, que é a principal premiação da Educação no Brasil. Esse Prêmio é fundamental, pois reconhece a profissão mais importante, que é de educar a nossa sociedade”, declarou Guilherme Mélega, presidente do Instituto Somos.

Em 2023 o prêmio foi alinhado com a Agenda Global 2030 das Nações Unidas, que engloba 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para combater a pobreza, assegurar direitos, promover e combater mudanças climáticas. Em consonância com esses valores, as temáticas da 25ª edição do Prêmio foram categorizadas em três eixos: Direitos Humanos, Inovação e Tecnologia e Sustentabilidade.

“Além de reconhecer o professor e dar visibilidade para o seu projeto, o propósito do Prêmio também é replicar esse trabalho, possibilitando que as boas práticas apresentadas hoje possam ser adaptadas por outros educadores em escolas de todo o Brasil”, enfatizou Meire Fidelis, diretora executiva da Fundação Victor Civita.

Educadora do Ano

Foto da Educadora do Ano. Uma mulher parda sorridente com os braços erguidos exibe dois troféus, um em cada mão. Ela tem os cabelos negros e compridos e usa um vestido azul. Fim da descrição.
Elenjusse ergue os dois troféus que recebeu na noite de premiação como primeira colocada na categoria “Inovação e Tecnologia” e como “Educadora do Ano”

Em 2022, Elenjusse se viu diante de um grande desafio como diretora da EMEF Benedita Torres: envolver toda a comunidade escolar no retorno às atividades presenciais. O prédio da escola havia servido de hospital de campanha durante a pandemia de covid-19 e isso trazia más recordações a todos.

A escola possui 1.500 alunos e 180 profissionais. Para atender o maior número de estudantes, a gestora manteve o formato híbrido das aulas. Porém, para atrair o retorno presencial gradualmente, tanto dos estudantes, quanto dos profissionais da escola, ela criou o projeto “Ler Conecta”. A iniciativa englobou uma série de ações em torno de rodas de leitura virtual para assegurar o acesso e a permanência dos estudantes na escola.

Elenjusse conta que convidou os autores das obras que estavam sendo lidas e o quanto isso mobilizou toda a comunidade. Para os estudantes que não possuíam dispositivo ou acesso à internet para acompanhar as rodas de casa, foi disponibilizado um telão na escola. A partir dessas conversas com escritores como Ricardo Azevedo e Eva Zooks, o projeto desencadeou a criação de um clube de leitura e de uma biblioteca virtual com acesso a obras de literatura de domínio público para todos os alunos.

Outra ação dentro do projeto, visando a busca ativa dos estudantes, foi a criação de um jornal impresso com as principais atividades realizadas na escola. O periódico foi fixado em locais de grande circulação da cidade, como comércios e o posto de saúde, para que manter toda comunidade atualizada. “Quando um pai ou uma mãe via tudo o que estava acontecendo na escola e que o filho estava de fora, eles incentivavam a criança a voltar presencialmente”, afirmou Elenjusse.

Para a educadora, o projeto foi essencial para reaproximar e fortalecer os vínculos entre professores, alunos e famílias. Segundo a banca de jurados do Prêmio, a iniciativa de Elenjusse é um exemplo de boa prática de gestão na adversidade que conseguiu envolver toda a comunidade de forma que possibilitou a reapropriação do espaço da escola.

A premiação

Os vencedores de cada categoria receberam R$ 25 mil, uma bolsa integral de pós-graduação da instituição de ensino Anhanguera e acesso de 24 meses à plataforma PROFS, sistema de formação de educadores da Somos Educação. O Educador do Ano recebeu também um prêmio de R$ 25 mil para ser investido em melhorias na sua escola.

A premiação para os segundos colocados foi de R$ 15 mil, mais uma bolsa integral de pós-graduação da instituição de ensino Anhanguera e 12 meses de acesso à plataforma PROFS. Os premiados em terceiro lugar de cada categoria receberam um vale-presente no valor de R$ 10 mil, e os mesmos benefícios dos segundos colocados.

Foto dos sete jurados do Prêmio Educador Nota 10. Sete pessoas posam para a foto, sendo uma mulher negra, quatro mulheres brancas e dois homens brancos. Elas estão em pé e sorriem. À esquerda, uma mesa com salgados servidos. Fim da descrição.
Juradas e jurados desta edição do prêmio.

Os jurados da edição de 2023 foram Anna Helena Altenfelder, presidente do Conselho de Administração do Cenpec, Clara de Souza Chaves, oficial de educação do UNICEF em São Paulo, Edson Grandisoli, diretor da Reconectta e coidealizador do Movimento Escolas pelo Clima, Kelly Baptista, diretora executiva da Fundação 1 bi, Lino de Macedo, professor emérito do Instituto de Psicologia (USP), Natalia Rosón, diretora pedagógica da Fundação Varkey Argentina, e Tereza Perez, diretora-presidente da Comunidade Educativa CEDAC.

Vencedores da categoria Inovação e Tecnologia

1º lugar: Elenjusse Martins da Silva Soares, de Canaã dos Carajás (PA), da EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental Benedita Torres, com o projeto Institucional Ler Conecta. 

2º lugar: Elciane de Lima Paulino, de Guarabira (PB), da Escola Estadual de Ensino Médio John Kennedy, com o projeto Introspecção poética de Augusto dos Anjos nos EUs do Século XXI. 

3º lugar: Francieli Carvalho Taborda, de Balneário Camboriú (SC), da escola pública Núcleo de Educação Infantil Taquaras, com o projeto “O que se faz na educação infantil? A documentação pedagógica como estratégia para tornar visível o trabalho com intencionalidade pedagógica e o protagonismo da criança pequena”. 

Vencedores da categoria Sustentabilidade

1º lugar: Eliana Corrêa de Araújo, de Euclides da Cunha Paulista (SP), CEI – Centro Escola Infantil Rosa Francisca Mano, com o projeto Comunidade ativa – jogar, brincar e viver, que envolveu o protagonismo e o envolvimento dos jovens em questões conectadas com a comunidade. 

2º lugar: Nadine de Andrade, de Blumenau (SC), da CEI – Centro de Educação Infantil CEI Nazaré, com o projeto Do barro ao papel: a natureza como lugar de pertencimento e desenvolvimento, Nadine quis proporcionar às crianças “vivências memoráveis”. 

3º lugar: Francisco Rodrigo de Lemos Caldas, de Juazeiro do Norte (CE), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, com o projeto Ecopuro: purificador sustentável. 

Vencedores da categoria Direitos Humanos

1º lugar: Livia Guimarães Arruda, de São Paulo (SP), da escola EMEI – Escola Municipal de Educação Infantil Armando de Arruda Pereira, com o projeto Motoca na praça: andanças e aventuras de triciclo pela Praça da República e centro de São Paulo. 

2º lugar: Priscilla Castro dos Santos, de Vitória (ES), CMEI – Centro Municipal Escola Infantil Cecília Meireles, com o projeto Mini-história: um olhar poético do cotidiano das crianças com autismo. 

3º lugar: Rodrigo Tetsuo Hirai, de Campinas (SP), da EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Luiza Pompeu de Camargo, com o projeto Os brinquedos antigos e os dias atuais: refletindo as mudanças a partir do pião de madeira.  

Apoio

O Prêmio, que foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita, em 2023 é correalizado pelo Instituto Somos e pela Fundação Victor Civita. A iniciativa conta com apoio de mídia do Grupo Abril e Instituto Band, patrocínio da BDO Brasil e o apoio da Nova Escola, Instituto Rodrigo Mendes e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Desde 2018, o Prêmio Educador Nota 10 é associado ao Global Teacher Prize, realizado pela Varkey Foundation, prêmio global de Educação.

Sobre o Prêmio Educador Nota 10 

O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita. Em 2023, o Prêmio passou a ser organizado pelo Instituto Somos, uma organização sem fins lucrativos mantida pela Somos Educação, uma das maiores premiações de educação básica do país. O Prêmio reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e também coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país. Ao longo das 24 edições anteriores, foram premiados 331 educadores, entre professores e gestores escolares, que receberam aproximadamente R$ 3,2 milhões em prêmios no total. A edição de 2023 recebeu mais de 2.600 inscrições.

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