O painel objetiva auxiliar gestores na criação de políticas públicas baseadas em dados e evidências
No dia 07 de dezembro, o Instituto Rodrigo Mendes (IRM), em parceria com Instituto Unibanco e apoio do Todos pela Educação, do Centro Lemann de Sobral e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), lançaram o Painel de Indicadores da Educação Especial, que tem o objetivo de instrumentalizar gestores na criação de políticas públicas baseadas em dados e evidências, além de auxiliar nas ações de advocacy.
O Painel de Indicadores da Educação Especial é on-line e gratuito e está disponível no Portal DIVERSA. A ideia da ferramenta é facilitar o acesso a dados seguros e de qualidade sobre a educação de pessoas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e/ ou com altas habilidades/ superdotação.
Para a sua elaboração, foi realizado levantamento e análise quantitativa de informações do Censo Escolar, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e do Ministério da Educação (MEC). A definição dos indicadores educacionais e a produção e implementação de um painel de monitoramento poderá acompanhar os ponteiros das políticas públicas e embasar decisões de maior qualidade. É possível pesquisar três categorias, sendo:
– Indicadores de estudantes: matrícula, permanência e distorção série-idade;
– Indicadores de professores: perfil e formação;
– Indicadores de escolas.
A seção de professores conta também com indicadores relativos a outros profissionais de apoio ao público-alvo da educação especial.
Um dos dados que chamam mais atenção é o de distorção idade-série dos estudantes público-alvo da Educação Especial nos anos de 2019, 2020 e 2021: respectivamente 44,9%, 41,7% e 36,6%. A taxa do total de estudantes da educação básica no mesmo período foi de 10,5%, 9,7% e 7,7%.
Esses levantamentos mostram que ainda há muitos desafios a serem enfrentados a fim de promover uma educação de qualidade para todas e todos. Outro destaque é o baixo número de educadores com formação em educação especial, onde apenas cerca de 5% tem capacitação na área. Em relação à acessibilidade nas escolas do país, 29% não têm qualquer recurso de acessibilidade, dificultando o acesso e a permanência de todos os estudantes.
Por fim, o painel apresenta diversos dados que contribuirão para a construção de uma educação mais inclusiva.
“Queremos fazer do painel uma fonte de referência para gestores públicos, pesquisadores, estudantes, profissionais da educação e organizações da sociedade civil”, diz Rodrigo Hübner Mendes, fundador e superintendente do Instituto Rodrigo Mendes.
IRM está entre as 100 melhores ONGs do Brasil
IRM participa da elaboração de Plano País para crianças e adolescentes