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Trabalho coletivo é essencial para a superação de barreiras e efetivação de uma educação inclusiva

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Pesquisa desenvolvida pelo IRM em parceria com a Fundação FEAC aponta que a educação inclusiva é um direito previsto em lei, mas colocá-la em prática exige mudanças 

Capítulo da pesquisa “Salas de Recursos: um estudo do município de Campinas” mostra um dado preocupante. O estudo revela que, entre docentes de classes comuns, 61,4% concordam (totalmente ou parcialmente) que estudantes público-alvo da Educação Especial aprendem melhor nas escolas especializadas, ou seja, nas chamadas “classes especiais”. Na gestão, o percentual é de 49% e, para profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE), o índice é de 33%.   

Foram consultados 268 profissionais das 175 escolas estaduais do município (56 delas contam com sala de recursos). Segundo o Censo Escolar (2020), 2.500 estudantes público-alvo da Educação Especial estão matriculados na rede estadual de Campinas.   

O estudo, que está sendo realizado pelo Núcleo de Pesquisa e Tecnologias do Instituto Rodrigo Mendes (IRM) em parceria com a Fundação FEAC, sugere que o resultado pode ser decorrente da desinformação sobre os benefícios da educação inclusiva para toda a comunidade escolar, como também, devido à falta de estrutura adequada para receber estudantes público-alvo da educação especial nas escolas comuns.   

Grupo de crianças pintando. Fim da descrição.

Para reverter esse pensamento de que as escolas especiais são mais vantajosas para estudantes público-alvo da educação especial, o estudo indica alguns caminhos possíveis e necessários, tais como: formação continuada em educação inclusiva, a necessidade de investimento em políticas públicas sobre o tema, além de um trabalho colaborativo de toda a sociedade e uma mudança de mentalidade e atitude com relação às pessoas com deficiência.   

A pesquisa explica que evidências comprovam que uma escola inclusiva é o melhor modelo de ensino para potencializar as habilidades de estudantes com e sem deficiência. Reforça ainda que todas as pessoas têm o direto de receber uma educação de qualidade na escola comum, conforme prevê a Constituição Federal Brasileira.    

Para saber mais detalhes sobre esse assunto da pesquisa “Salas de Recursos: um estudo do município de Campinas”, acesse este artigo publicado pelo DIVERSA. O estudo está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2022. 


O Núcleo de Pesquisa e Tecnologias desenvolve um estudo sobre Salas de Recursos Multifuncionais