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Pesquisa vai analisar impacto do Alavancas em municípios participantes

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Investigadores vão traçar um panorama da situação geral de cada município, os desafios e os avanços registrados após a participação no projeto. 

Ao longo de três anos, o projeto “Alavancas para a educação inclusiva de qualidade” vai promover a formação em Educação Especial na perspectiva inclusiva de educadores, gestores e técnicos de secretarias de dez municípios das cinco macrorregiões do Brasil. Para mensurar o impacto do curso nas localidades, uma equipe de pesquisadores está acompanhando todas as etapas do projeto e vai preparar um documento com os principais pontos.  

Estudantes de Maués (AM) fazem apresentação. Foto: Renato Ramalho

Liderados por Fernando Luiz Abrucio, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, os investigadores analisarão a implementação do Alavancas, desde o conteúdo ofertado, a continuidade dos projetos nas escolas, a evolução dos estudantes, até a criação e/ou atualização de políticas públicas voltadas para ampliar a inclusão na educação nos municípios.  

O objetivo é analisar a implementação dos projetos e traçar um panorama da situação geral dos municípios na perspectiva da educação inclusiva, identificando os desafios e avanços em cada localidade após a participação no Alavancas.  

A partir das informações que a equipe apurou até o momento, Abrucio identifica três desafios para o sucesso do Alavancas. “O primeiro é construir uma política efetivamente inclusiva, o que vai além do cumprimento de leis e passa pela mudança dos valores e práticas dos atores escolares e das famílias. O segundo é articular as ações das Secretarias com as escolas, numa perspectiva intersetorial, pois a questão da inclusão das crianças pela política educacional depende da articulação com outras áreas. Por fim, o maior desafio da implementação do programa está no fato de que há muitas desigualdades e heterogeneidades entre os dez municípios participantes, de modo que será preciso ter soluções para todos convivendo com respostas específicas ao contexto de carência e/ou fragilidade de capacidade estatal local”, enfatiza o pesquisador. 

A investigação completa está estruturada em quatro partes: diagnóstico inicial; pesquisa de campo; avaliação da formação nas escolas e nas Secretarias Municipais de Educação; e avaliação da implementação dos projetos. Para alcançar as metas, os pesquisadores farão coleta de dados, aplicação de questionários, viagens aos municípios para entrevistas e observações presenciais, entre outros recursos. 

“Com essa pesquisa, nós queremos mensurar o quanto o Alavancas contribuiu para a transformação da educação naquelas redes de ensino. Os resultados da investigação serão essenciais para que o projeto esteja sempre atualizado e para expandi-lo para outros municípios”, afirma Augusto Galery, gerente de Gestão Educacional do IRM.  

O projeto Alavancas 

O Alavancas é iniciativa do Instituto Rodrigo Mendes (IRM), em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Movimento Bem Maior, o Instituto Ambikira e o Instituto Machado Meyer. Por meio de edital, foram selecionados dez municípios das cinco macrorregiões do Brasil: Maués (AM), Óbidos (PA), Campo Formoso (BA), Gado Bravo (PB), Irauçuba (CE), Lucas do Rio Verde (MT), Cajati (SP), Patos de Minas (MG), Alvorada (RS) e Canguçu (RS). 

No primeiro ano do programa, o IRM promoveu a formação de 394 cursistas, o que resultou na criação de 102 projetos inclusivos. Entre 2024 e 2025, o projeto vai formar técnicos de secretarias, apoiar a revisão ou elaboração de políticas públicas de Educação Especial e, por fim, prevê a criação de dois cursos EAD que serão disponibilizados na plataforma de formação do IRM

Além do apoio das organizações já mencionadas para a realização do projeto Alavancas, o IRM conta com parceiros institucionais que apoiam as diversas iniciativas voltadas à educação inclusiva. São eles: AT&T, Cisco,  Fundação Grupo Volkswagen. Fundação Lemann, Instituto Devive,  Itaú Social, LATAM e Mattos Filho. Esse apoio é fundamental para a expansão das ações do Instituto por uma sociedade cada vez mais inclusiva, equitativa e igualitária. 


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